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Aumento de violência doméstica durante o isolamento social

Nesse momento de pandemia, em que devemos ficar em casa, os relacionamentos abusivos estão gerando maior índice de violência psicológica e física, bem como feminicídios.

Vivemos um período em que os conflitos são escalados, ou seja, aumentam e podem proporcionar maior violência entre as famílias. E nós não iremos ver, nem perceber, a violência será invisível.

O isolamento ajuda a frear a disseminação da covid-19, mas há uma consequência terrível também: um pico de ligações para disques-denúncia indicando um aumento de abusos domésticos.

A ONU Mulheres disse haver indícios de um aumento da violência contra mulheres e a preocupação crescente com os abusos domésticos é global.

“Em uma situação de confinamento, o que está acontecendo é que as mulheres estão trancadas com seus próprios abusadores em situações nas quais têm válvulas de escape limitadas”, explicou Maria Noel Baeza, diretora regional da ONU Mulheres.

No Estado de São Paulo, que é o mais atingido pela pandemia e que impôs medidas de isolamento abrangentes, houve um aumento de 45% nos casos de violência contra mulheres nos quais a polícia foi acionada no mês passado na comparação com o ano anterior, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

No mês passado o Ministério Público de SP soltou uma nota em que afirma que “a casa é o lugar mais perigoso para uma mulher”.

O disque denúncia (180) funciona 24h por dia e todos os dias da semana, incluindo domingos e feriados, podendo ser acionado de qualquer parte do Brasil. As informações podem ser fornecidas por meio do aplicativo Proteja Brasil, disponível para download, versão iOS e Android. Através do 180 é possível, ainda, esclarecer dúvidas sobre a aplicação da Lei Maria da Penha (nº 11.340/2006).

Diante disso tudo, a OAB sugeriu medidas para combate da violência doméstica durante a quarentena e encaminhou ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e ao Ministério da Mulher, da família e dos Direitos Humanos, sugestões de medidas nacionais e recomendações aos Estados de proteção das mulheres durante o isolamento.

E o governo federal lançou, no dia 15 de maio, a Campanha de Conscientização e Enfrentamento à Violência Doméstica e alertou que esse tipo de violência tem crescido em meio à pandemia da covid-19, em razão das medidas de isolamento social.

Observa-se que a campanha aborda não somente a violência contra a mulher, mas também contra idosos, pessoas com deficiência, crianças e adolescentes.

Ora, diante disso tudo, denuncie: disque 180, ou disque 190, ou disque 100. Ou busque auxílio dos vizinhos familiares, ou procure um (a) advogado (a) de confiança ou Ministério Público, Defensoria Pública ou Delegacia. Mas não deixe de procurar ajuda!